Pacientes sobreviventes de câncer devem ter um seguimento diferenciado, pois os tratamentos a que foram submetidos podem aumentar o risco de determinadas situações de saúde e a fragilidade óssea deve ser um foco de atenção.

Um estudo longitudinal com mais de 90 mil pacientes acima de 65 anos, dos quais 14 mil tiveram diagnóstico de câncer entre 1999 e 2017, mostrou um maior risco de fraturas ósseas nesse último grupo. Sobreviventes de câncer diagnosticados em um a cinco anos com câncer avançado têm risco duas vezes maior que os indivíduos não diagnosticados com câncer.

Entre os sobreviventes de câncer, receber quimioterapia aumentou o risco de fraturas em 31% em um a cinco anos do diagnóstico, com redução para cerca de 22% em cinco ou mais anos após diagnóstico.

Esses resultados sugerem que, independentemente do tumor primário, a atenção à saúde óssea deve fazer parte do seguimento dos pacientes idosos com câncer, principalmente os que foram tratados com quimioterapia. Atuar em fatores que aumentam o risco de osteoporose, como combate ao tabagismo e sedentarismo, além de monitorização e tratamento precoce, se necessário, estão indicados como parte do seguimento desses pacientes.